crejoa

Crejoá

O crejoá é uma ave passeriforme da família Cotingidae.
Essa é uma das mais belas aves da Mata Atlântica.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (tupi) catingá, cotinga = nome indígena tupi para um pássaro colorido e brilhante da floresta; e do (latim) maculata, macula = com manchas, manchado, maculado, mácula. ⇒ Pássaro manchado, colorido e brilhante.

Características

Apresenta o dorso azul-cobalto, partes inferiores púrpura-escuro com colar azul cobalto na região peitoral superior e a maior parte das penas da asa e cauda negras. A fêmea tem coloração pardo anegrada. Têm em média 20 cm de comprimento.

Subespécies

Não possui subespécies.

Alimentação

Alimenta-se de frutos. Vive nas copas das matas primáreas residuais ou em matas secundárias adjascentes à procura de frutos. Em Una, na Bahia, a espécie foi registrada associada a bandos mistos de frugívoros, ao lado de Xipholaena atropurpurea, Trogon viridis, Tytira inquisitor, Pachyrhamphus marginatus e Hemithraupis flavicollis em bordas de matas secundárias altas.

Reprodução

Os poucos registros de reprodução apontam para o final do segundo semestre (outubro-novembro). O ninho é uma pequena cesta feita com gravetos, na forquilha de um galho na copa das árvores. Aparentemente, só a fêmea cuida da construção do ninho e do cuidado com os filhotes.

Hábitos

Os seus habitats naturais são florestas tropicais úmidas de baixa altitude. Esta espécie restringe-se à região da Floresta Atlântica, ocorrendo em baixadas com vegetação mais alta e densa. Habita em matas de tabuleiro e na Hiléia baiana, abaixo dos 200m de altitude.

Distribuição Geográfica

Endêmica do Brasil. Originalmente ocorria no sul da Bahia, Espírito Santo, leste de Minas Gerais e norte do Rio de Janeiro.
Ameaçada de extinção no Brasil, apesar da proteção legal da espécie e das florestas de baixada do Espírito Santo e sul da Bahia. Tamanho populacional reduzido com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 29% em 20 anos ou 5 gerações. A perda de hábitat provocada pelo desmatamento na região do Vale do Rio Doce foi provavelmente o principal fator responsável pela atual quase ausência de registros da Cotinga maculata no estado de Minas Gerais nos últimos 50 anos. Aparentemente desapareceu do Rio de Janeiro, mas talvez ainda persista no Parque Estadual do Rio Doce, em Minas Gerais.

Referências

Galeria de Fotos

crejoa.txt · Última modificação: 2023/05/30 21:34 por Lucas Jeronimo 2