arapacu-rajado

Arapaçu-rajado

O arapaçu-rajado é uma ave passeriforme da família Dendrocolaptidae.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) xiphos = espada; e rhunkhos = bico; e do (latim) fuscus = escuro, marrom. ⇒ Bico de espada fosco.

Características

Mede entre 15 e 18,5 centímetros de comprimento e pesa entre 15,5 e 25 gramas.
Possui a parte superior do corpo marrom, cauda marrom avermelhada e a lateral da cabeça com coloração creme. Nessa espécie de arapaçu há manchas em forma de gota (pintalgadas) no peito e cabeça.

Subespécies

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Xiphorhynchus fuscus fuscus (Vieillot, 1818) – ocorre do sudeste do Brasil, do sul do estado de Goiás, leste de Minas Gerais e no Espírito Santo (rio Doce) até o Rio Grande do Sul; Paraguai e no nordeste da Argentina, na província de Misiones.
  • Xiphorhynchus fuscus pintoi (Longmore & Silveira, 2005) – ocorre no Brasil, na região árida do oeste da Bahia.
  • Xiphorhynchus fuscus tenuirostris (M. H. C. Lichtenstein, 1820) – ocorre na região costeira do leste do Brasil, desde a região central da Bahia até o rio Doce no Espírito Santo.

(Aves Brasil CBRO 2015).

Fotos das subespécies de Xiphorhynchus fuscus
(ssp. fuscus) (ssp. pintoi) (ssp. tenuirostris)

Espécies Similares

**Ajuda para a diferenciação**

Diferenças entre: Arapaçu-escamoso (Lepidocolaptes squamatus) Arapaçu-escamoso-do-sul (Lepidocolaptes falcinellus) e o Arapaçu-rajado (Xiphorhynchus fuscus) .

Arapaçu-escamoso Arapaçu-escamoso-do-sul Arapaçu-rajado

Alimentação

Come artrópodes em geral: lacraias, centopeias, moscas, aranhas e até escorpiões. Utiliza o bico como uma pinça, arrancando lascas de liquens e cascas das árvores buscando artrópodes escondidos. Essa técnica de alimentação é chamada “espaçar”.

Reprodução

Põe dois ovos brancos e faz o ninho em troncos ocos de árvores em estado adiantado de decomposição, ou utiliza ocos de pica-paus. O casal pode se revezar no cuidado dos filhotes.

Hábitos

Ocupa o sub-bosque denso de matas primárias ou secundárias tardias com mais de 20-30 anos e muitas vezes relacionadas a pequenos fios de água. Está havendo um declínio populacional e extinção local em florestas alteradas devido à perda de locais adequados para construção de seus ninhos. Esta espécie não habita áreas abertas, matas muito degradadas ou secundárias novas e, apesar de não ser uma ave globalmente ameaçada, é considerada como possuindo sensibilidade média à alteração de habitat.

Distribuição Geográfica

Região Leste do Brasil do Nordeste ao Sul, incluindo pequena parte do Centro-Oeste. Também ocorre no Paraguai e pequena área de Argentina.

Referências

Consulta bibliográfica sobre as subespécies:

  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
  • del Hoyo, J.; et al., (2016). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2017); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.

Galeria de Fotos

arapacu-rajado.txt · Última modificação: 2023/09/25 18:00 por Fernando Prado