Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Apodiformes |
Família: | Trochilidae |
Vigors, 1825 | |
Subfamília: | Polytminae |
Reichenbach, 1849 | |
Espécie: | A. scutatus |
O beija-flor-de-gravata-verde, Augastes scutatus (Temminck, 1824), é uma ave apodiforme da família Trochilidae.
Seu nome científico significa: do (grego) augastës, augë = brilhante, radiante, luz do sol; e do (latim) scutatus, scutata = armado com um escudo. ⇒ Ave brilhante armada e com um escudo.
O macho da espécie mede entre 8,1 e 9,9 centímetros de comprimento e pesa entre 3 e 4 gramas. A fêmea mede entre 8 e 9,7 centímetros de comprimento e pesa entre 2,7 e 3,8 gramas (Schuchmann, & Kirwan, 2016 em HBW).
O beija-flor-de-gravata-verde apresenta dimorfismo sexual, o macho da espécie distingue-se da fêmea por apresentar a plumagem da fronte, queixo e garganta verde-azulada mais intensamente iridescente que lhe confere uma aparente “gravata”, e pela presença de uma estreita faixa preta ao redor dos olhos. O colar é branco ou rosa pálido e os lados do pescoço, peito e abdômen são azul violeta iridescentes, com variações individuais.
A fronte, queixo e garganta das fêmeas apresentam frequentemente uma leve coloração dourada, enquanto que as penas da faixa que envolve os olhos são marrom escuro ao invés de preto e os lados do pescoço são azuis. O peito e o abdômen são predominantemente verdes com alguns espécimes apresentando algumas penas isoladas nesta região nas colorações marrom, cinza escuro e azul.
Os juvenis apresentam uma plumagem semelhante a plumagem das fêmeas adultas. Eles diferem ligeiramente destas na coloração da garganta, peito e abdômen, os quais apresentam uma coloração cinza-amarronzada pálida e difusa. (Rodrigues e Rodrigues, 2011).
Possui três subespécies reconhecidas:
(Clements checklist, 2014).
Habita regiões pedregosas e semi-áridas, dos cumes de serras e chapadas. É uma das duas únicas espécies de aves endêmicas do Cerrado Brasileiro que estão restritas aos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço. É classificada como espécie ‘quase ameaçada’ globalmente (BirdLife International 2000), por possuir área de ocorrência limitada que sofre influência do ser humano. O macho possui hábito territorialista, defendendo manchas de recursos florais, e empoleirando-se em arbustos para emitir vocalizações agonísticas contra intrusos.
É relativamente comum na Serra do Espinhaço, norte de Minas Gerais, desde Botumirim, Grão Mogol e Diamantina, até a Serra do Cipó, em Belo Horizonte, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete. Também ocorre no extremo meridional do espinhaço baiano.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: