Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Passeriformes |
Subordem: | Tyranni |
Infraordem: | Furnariides |
Sibley, Ahlquist & Monroe, 1988 | |
Parvordem: | Thamnophilida |
Família: | Thamnophilidae |
Swainson, 1824 | |
Subfamília: | Thamnophilinae |
Swainson, 1824 | |
Espécie: | M. caurensis |
O Formigueiro-do-caura é uma ave passeriforme da família Thamnophilidae. Originalmente descrita como uma subespécie do formigueiro-cinza (Schistocichla schistacea). Antes era incluído no gênero Percnostola. É uma das espécies mais desconhecidas da família.
Há duas subespécies reconhecidas, embora seus limites geográficos não sejam bem definidos: S. c. caurensis (sul da Venezuela) e S. c. australis (extremo norte do Brasil).
Seu nome científico significa: do (grego) murmëx = formiga; e de lastës = ladrão, salteador; e de caurensis = referente ou originário da região do Rio Caura na Venezuela. ⇒ Ladrão de formigas do Rio Caura.
Pássaro de tamanho médio, medindo entre 18 e 19 centímetros. Possui pernas relativamente longas, indicando hábitos mais terrestres. Íris vermelha no macho e marrom na fêmea. A fêmea da subespécie australis possui a coroa marrom-escuro e o macho é mais cinza puro nas costas (sem nenhum tom marrom).
Possui duas subespécies:
(Clements checklist, 2014).
Insetívoro, alimentando-se provavelmente de diversos artrópodes. Costumam forragear em casais ou pequenos grupos familiares, e não se juntam a bandos mistos. Procura por alimento de forma ativa sempre em ambiente com pedras grandes. Comumente desce ao solo e saltita entre as pedras, embora evite ficar exposto no alto de pedras lisas. Explora pequenas grutas formadas pelas pedras, onde passa a forragear com mais calma, até 5 minutos no mesmo local, certamente devido à proteção que o “teto” da gruta oferece. Joga as folhas do solo para o lado para descobrir as presas, como um Sclerurus. Pode se espremer para passar por pequenas frestas nas pedras. Aparentemente não segue formigas-correição.
Praticamente nada se sabe. Em Serrania de la Cerbatana (Venezuela), machos territoriais, indicando época reprodutiva, foram registrados no mês de Fevereiro. Os territórios neste local tem, aparentemente, de 150 a 200 metros de diâmetro.
Fortemente associado a pedras grandes em serras e tepuis, de 280 a 1500 metros de altitude. Vive nos estratos baixos e no solo de matas úmidas ou semi-decíduas. Na literatura consta que precisa de pedras grandes inteiramente cobertas de musgos, samambaias, bromélias terrestres, cactus e outros tipos de vegetação, mas não foi isso o observado na Serrá do Aracá (AM), onde a espécie habitava região de terreno bem íngreme onde as pedras, embora grandes, eram praticamente lisas (obs. pess. Salles. O.).
Só ocorre no extremo norte do Amazonas e sul da Venezuela, e somente nos pés de montanhas tepui, entre 280 e 1500 metros de altitude.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: