Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Apodiformes |
Família: | Trochilidae |
Vigors, 1825 | |
Subfamília: | Phaethornithinae |
Jardine, 1833 | |
Espécie: | R. naevius |
O beija-flor-rajado é uma ave apodiforme da família Trochilidae. Devido à perda de habitat está classificado como próximo a entrar em perigo de extinção (fonte: BirdLife International).
Seu nome científico significa: do (grego) rhamphos = bico; e odön = dente; e do (latim) naevius = manchado, com manchas, pintado. ⇒ (Ave) manchada com bico de dente.
Mede entre 14 e 16 centímetros de comprimento e pesa entre 5,3 e 9 gramas (Hinkelmann, 2013), sendo o maior beija-flor da Mata Atlântica e um dos maiores do mundo. Partes superiores marrom esverdeadas; cabeça escura; garganta e pescoço laranja com uma listra escura no meio; face laranja, com larga faixa transocular preta e estreita faixa superciliar pardacenta, sendo mais clara no macho; partes inferiores pardacentas, amplamente estriadas de negro, principalmente o peito. Asas pretas; cauda larga, não prolongada com as retrizes centrais pretas e as laterais pardo-claras. Bico forte de base larga, reto e terminando num gancho no macho e suavemente curvo na fêmea, o que pode ser explicado por diferença de hábitos alimentares; mandíbula amarela e maxila preta.
Fêmea e imaturos tem uma mácula menor na garganta.
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
Os açúcares da dieta são obtidos do néctar de flores de pequenas bromélias, sendo um dos seus principais agentes polinizadores. Visita as plantas ao longo de um percurso, em oposição à maioria dos outros beija-flores que são territorialistas e defendem rigorosamente suas fontes de néctar. O conjunto língua/bico é extremamente eficiente, funcionando como uma bomba de sucção de água, que permite puxar o néctar da flor rapidamente enquanto ele está em voo de libração (voo parado no mesmo lugar). Os beija-flores também costumam sugar exsudações dos frutos maduros da figueira (Ficus sp). Alimentam-se de artrópodes (insetos como mosquitos e borrachudos, aranhas), que constituem a fonte de proteínas da dieta dos jovens.
Na época do acasalamento o macho costuma cantar e se exibir para chamar a atenção da fêmea, executando verdadeiras coreografias nupciais. Seu ninho tem formato alongado, terminando num apêndice caudal que dá equilíbrio ao ninho. É confeccionado com finas raízes e fibras, resultando um trançado reticulado através do qual se vêem os ovos. Nas paredes externas são afixados alguns líquens e detritos vegetais. O ninho é suspenso em uma folha de palmeira, Heliconia, etc. A fêmea põe geralmente 2 ovos alongados e brancos, cabendo a ela depois do nascimento dos filhotes, alimentar a prole.
Endêmico da Mata Atlântica, vive no interior sombreado de matas de encosta em altitudes de 500 metros. Pode ser observado em jardins, desde que estes sejam próximos à vegetação nativa. Gosta de flores miúdas de bromélias. Como todos os beija-flores, são extremamente sensíveis a cores e atraídos por flores e objetos coloridos (geralmente rosa, vermelho, amarelo, etc), pode visitar mais de 200 flores por dia. Acompanha bandos mistos de aves e não é territorialista. Balança a cauda.
Voz: “zshak”; três a seis assobios altos em sequência fortemente descendentes, “tzi-tzü-tzü(-tzü )”, uma estrofe mais modulada e prolongada emitida em voo; it-it”.
É endêmico do Brasil. Ocorre do Espírito Santo e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: