Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Coraciiformes |
Família: | Alcedinidae |
Rafinesque, 1815 | |
Espécie: | C. inda |
O martim-pescador-da-mata é uma ave coraciiforme da família Alcedinidae, também chamado ariramba-pintado.
Seu nome científico significa: do (grego) khloros = verde; e de kerulos = ave mitológica citada em obras de Aristóteles e outros autores da antiguidade; do (latim) inda, Indus = indiano, referente ou originário da Índia Ocidental. ⇒ Ceryle verde da Índia Ocidental.
Mede 24 centímetros e o macho pesa entre 40 e 60 gramas e a fêmea pesa entre 53 e 62 gramas.
O macho adulto apresenta a testa e os lores na coloração verde escuro com alguns pontos vermelhos. Uma fina linha alaranjada se apresenta acima dos lores. A coroa, face e nuca têm uma cor verde escuro brilhante. O queixo e a garganta são de coloração branca. Apresenta uma faixa lateral do pescoço de coloração alaranjada pálida que atinge a nuca, logo acima do manto que é verde escuro brilhante. As asas são de coloração verde brilhante com reflexos dourados. As asas apresentam distintas faixas de pintas brancas sobre as coberteiras. As rêmiges primárias e secundárias são marcadas com 4 linhas de manchas brancas dispostas regularmente sobre a asa fechada. Algumas pequenas manchas dispostas regularmente, de branco são encontradas na curta cauda. O peito, ventre e crisso apresentam intensa coloração castanho ferrugínea, sob as asas esta coloração é ligeiramente mais pálida. Manchas brancas depositados no vexilo interno de penas da cauda são particularmente evidentes no fundo cinza esverdeado escuro destas penas. O bico é preto, exceto na parte abaixo da mandíbula inferior que apresenta coloração amarelada. A íris é marrom escuro, os tarsos e pés são cinza escuro.
A fêmea adulta difere de seu parceiro, por apresentar ampla faixa do peito de penas verdes terminados em branco. A testa, acima da asa e o uropígio são mais fortemente marcados. A coroa e seu entorno também são ligeiramente manchados.
O jovem macho da espécie apresenta uma estreita faixa no peito de coloração verde e branco. A fêmea jovem é caracterizada por uma distinta faixa peitoral mesclada de branco e preto.
Apresenta temporariamente segundo alguns autores duas subespécies entretanto outros autores a consideram uma espécie monotípica:
(Clements checklist, 2014).
Alimenta-se de peixes, anuros e caranguejos que captura mergulhando de poleiros baixos ocultos na vegetação e próximo à água.
Nidificam em barrancos nas margens dos rios, onde escavam uma galeria. Põe geralmente 3 a 5 ovos diretamente no substrato. O casal permanece unido o ano todo.
Espécie de vida retirada. Depende de áreas florestadas, matas de várzea e igapós inundados na Amazônia ou dos rios margeados de floresta ciliar no sudeste, dos manguezais e matas de galeria do Brasil central. É bastante afetado pela destruição das matas ciliares. Voz: Forte “krä”, “chip-chip-chip”.
Ocorre da Nicarágua à Bolívia e Brasil até o rio das Mortes (Mato Grosso) e Goiás; no litoral atlântico do sul da Bahia até Santa Catarina.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: