Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Passeriformes |
Subordem: | Tyranni |
Infraordem: | Tyrannides |
Wetmore & Miller, 1926 | |
Parvordem: | Tyrannida |
Família: | Cotingidae |
Bonaparte, 1849 | |
Subfamília: | Phytotominae |
Swainson, 1837 | |
Espécie: | P. flavirostris |
A tesourinha-da-mata é uma ave passeriforme da família Cotingidae.
Seu nome científico significa: Phibalura = nome francês para este pássaro dado por Viellot (1816), com origem provável no (grego) phibalös = delgado; e do (grego) oura = cauda; e do (latim) flavus = amarelo; e rostris = bico; flavirostris = bico amarelo ⇒ Pássaro com cauda delgada e bico amarelo.
Mede cerca de 21,5 centímetros.O macho da Tesourinha-da-mata possui a cabeça escura com um píleo vermelho envolto por penas na cor lilás. Os olhos são negros envoltos por uma pele de coloração rosada intenso, bico de cor pálida e clara e garganta na cor laranja ou ferrugem. A parte superior do peito apresenta um lindo escudo barrado preto e branco. O ventre e o crisso são de coloração branco amarelado e apresentando algumas manchas escuras no ventre. As asas são azuis escuras e o manto amarelo manchado de azul, coloração que cobre também o uropígio. A cauda característica desta ave apresenta as retrizes externas na cor azul escuro, são alongadas e bifurcadas, com o formato de tesoura que dá o nome comum a esta espécie. As pernas são rosadas.
Esta espécie apresenta um leve dimorfismo sexual. As fêmeas são semelhantes, mas com a coloração menos intensa, e menos contrastante no geral. A cauda da fêmea também é mais curta que a do indivíduo do sexo masculino.
Possui duas subespécies reconhecidas:
OBS: Recentemente foi proposto tratar a subespécie (P. f. boliviana) como uma espécie plena.
(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015; Van Remsen, 2011).
Alimenta-se de pequenos frutos do mato e de insetos voadores. Aprecia particularmente os frutos da erva de passarinho.
Faz o ninho em pequenas colônias em árvores separadas, entretanto próximas umas das outras (menos de 100 metros). Parecem não ter preferência por tipo de árvore, já foram encontrados ninhos em (Araucaria angustifolia), pinho bravo, ipês amarelos e até em arvores baixas e secas. O ninho é feito exclusivamente de um musgo seco, encontrado naturalmente nos galhos e troncos da árvore. Por isso é difícil identificar o ninho. Nem sempre fica nas alturas, já foi encontrado um ninho a cerca de 3 metros do chão. A postura é de dois ovos branco-azulados com pintas vináceas. Ambos os pais são responsáveis pela incubação e pelo cuidado dos ninhegos. Enquanto um dos pais cuida do ninho ou simplesmente vigia a alguns metros (quando os filhotes têm a partir de 10 dias), o outro busca comida. Desde os primeiros dias os filhotes são alimentados com insetos, larvas e pequenos frutos do mato (como frutos de hera e de erva de passarinho). Os filhotes saem do ninho muito imaturos, bem menores que os pais e com plumagem curta, de coloração preto e branco, com pouco amarelo. Precisam ainda da ajuda dos pais durante certo tempo.
Fora da época da reprodução, anda em bando. Tem registro de um bando de 8 indivíduos (Pousada 3 Pinheiros em Campos do Jordão).
No Brasil ocorre no Sul da Bahia, região Sudeste (se estendendo até o Triangulo Mineiro), Leste da região Sul, todo o estado do Paraná e Sul do Mato Grosso do Sul.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: