Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Galliformes |
Família: | Odontophoridae |
Gould, 1844 | |
Espécie: | O. capueira |
O uru é uma ave galliforme da família Odontophoridae.
É um pequeno galináceo florestal topetudo, também conhecido como: uru-capoeira, capoeira, uru-do-nordeste, piruinha
e perdiz-uru.
Seu nome científico significa: do (grego) odous = dente; e pherö = carregando, aquele que carrega; e de capueira = nome brasileiro para um tipo de vegetação (capoeira), mata, floresta. ⇒ (Ave) da mata que carrega dentes.
Mede 24 centímetros de comprimento e pesa aproximadamente 457 gramas o macho e 396 gramas a fêmea.
Essa espécie, com maior topete nos machos, um pouco menor que os urus amazônicos, vive no Brasil oriental. Aparentemente pernoita nos espigões das serras, descendo pela manhã aos grotões profundos para se alimentar durante o dia, como o jacupemba (Penelope superciliaris). Ave cinegética importante em certos locais. Sua plumagem é rajada e mescla tons de cinza, marrom e laranja para ajudar na camuflagem no solo da floresta.
Possui duas subespécies reconhecidas:
Aves Brasil CBRO - 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2016).
Série sonora de notas bissilábicas “urú-urú-urú…” que pode durar alguns minutos, às vezes tão lenta que parece parar. Vocaliza em duetos, pela manhã, perto de seus poleiros, que são os mesmos, demonstrando territorialidade. Nos espigões, vários bandos respondem uns aos outros em sequências plangentes que encantam com seu som estranho e lamurioso.
Alimenta-se de frutos como o caruru, de palmiteiros, Phytolacca decandra ou os pinhões de Araucaria angustifolia, além de sementes e, provavelmente, insetos e artrópodes.
Nidifica no solo, às vezes dentro de um buraco, confeccionando, em todo caso, uma construção de folhas secas que se apresenta com uma toca de entrada lateral de sólido teto. Podem ser aproveitadas as tocas escavadas por tatus, onde a ave choca cinco ovos ou mais. Os filhotes nidífugos escondem-se em buracos e cavidades no solo. Procria nos primeiros meses do ano, no período seco (RODA, 2008).
Vive no Brasil oriental, no solo das florestas mais densas e escuras, onde é vista aos pares ou em grupos familiares de 15 ou mais indivíduos, que são territoriais e agressivos com os bandos vizinhos (localmente comum). Quando assustado, foge, em geral, correndo pelo solo, mas as vezes pode fugir voando.
Habita em clareiras, matas de araucária e matas subtropicais, na Mata Atlântica de encosta, em matas secundárias altas, matas de tabuleiro no Nordeste e em matas secas. A espécie habita áreas de florestas primárias ou em bom estado de conservação.
Está presente em toda a área leste do Brasil, do Nordeste ao Sul, além das áreas fronteiriças de Paraguai e Argentina.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: